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Lendas paraguaias

 

 

MITOLOGIA GUARANI

"Alguém disse que a mitologia Guarani era tão exuberante e tinha tanta profundidade quanto a mitologia grega. Mas esqueceu de salientar a diferença mais notável, de que os personagens da mitologia Guarani eram modestos, conhecidos, quase palpáveis, cujos poderes, embora provocassem espanto e, às vezes medo, não excediam o limite do possível e tinham relação com a existência concreta dos homens. Não eram criaturas fantásticas, isoladas, sobrenaturais, embora não tenham participado ou tido em suas naturezas vícios e desvios, mas apenas a justa medida. Exemplo: o fumo era o vício do Pombero ou o Jaci Jaterê com mel de abelha, etc) ". Na verdade, a incrível mitologia Guarani, consagra Tupã, Tupavé ou Tenondeté como um deus supremo, criador do universo, sua morada é o sol (Kuarajhy). Se casa com Arasy (mão do céu) e fixa sua morada na lua (Jasy). Tiveram vários filhos quando desceram à terra (uma colina de Areguá), sendo alguns deles: Rupave, Sypave, Arandu Tume, Marangatu, Japeusá e entre as mulheres: Porâsý e Guarasyava.

 

TAU E KERANÁ

Na tribo havia uma belíssima mulher de nome Keraná, que significa dorminhoca, era uma bela mulher que passava o dia dormindo, vivia em uma tribo e era filha de Marangatú. Tau era um espírito mal que se apaixonou perdidamente por Keraná. Para poder ficar junto dela, se transformou num jovem e tentou raptá-la. Katupyry, que era o espírito do bem, interferiu para defende-la. Tau e Katupyry iniciaram uma luta que durou sete dias e sete noites quando finaçlmente Katupyry foi derrotado. Tau foi exilado por Pytajova'i (deus do valor e da guerra). Em seu desespero, Tau raptou Keraná e por isto foi amaldiçoado por Arasy. Tau se casou com esta bela mulher e tiveram sete filhos com aparência de monstros, sendo a origem dos mitos e lendas conhecidos no Paraguai.

 

TEJÚ YAGUA

É um grande lagarto com cara de cachorro. Dominador das cavernas e protetor das frutas.

 

MBOÍ TUÍ

Foi o segundo filho de Tau e Keraná. Tem duas patas desde a cintura, cabeça de papagaio e corpo de serpente de tamanho colossal. Destas características vem seu nome: Mboí: víbora, tu`i: papagaio. Mboí Tuí só se alimenta de fruta e do orvalho. É respeitado como deus dos anfíbios, dos animais aquáticos, da umidade e do orvalho. É considerado o protetor do orvalho e das das frutas silvestres. Patrulha os pântanos e estuários e protege a vida anfíbia. Produz um som muito parecido com um grito que pode fazer tremer de medo o mais valente. Tem um olhar maléfico com o qual assusta a todo aquele que tem o azar de encontrá-lo cara a cara.

 

MOÑAI

Tinha o corpo de uma enorme serpente com dois chifres retos furta-cor que funcionam como antenas. É deus do campo, do ar e dos pássaros. Pode subir nas árvores com grande facilidade e desce delas para caçar as aves com as quais se alimenta e domina com seu hipnótico poder de suas antenas. Também gostava de roubar e escondia os produtos de seus crimes numa caverna.

 

JASY JATERÉ

Fragmento da lua. Homem de cabelos dourados, senhor das siestas, possuidor de uma varinha mágica que o tornava invisível. Gostava de mel de abelha e de Kaa Ruvicha (erva feiticeira).

 

KURUPÍ

Homem da noite. Seus domínios eram os cemitérios. Era feio, de cabelos compridos e sujos com uma palidez mortal. Tem a aparência de um homem baixo, musculoso, muito moreno, gordo e com mãos e pés peludos. Não possui juntas, por isso seu corpo é uniforme. Seus ataques a mulheres sozinhas que se aventuram na selva atrás de lenha, são muito mais agressivos e cruéis que os de seu irmão, Jasy Jateré.

 

AO-AO

Espírito da fertilidade, canibal e senhor dos montes e montanhas. É uma espécie de animal quadrúpede, parecido com uma ovelha, mas com cabeça de javali; com a diferença que é maior e mais feroz. Possui facilidade para se reproduzir sozinho e é canibal, armado com poderosas unhas com as quais devora qualquer pessoa que encontra em seu caminho.

 

LUISÓN OU HUICHÓ

Surge na forma de um enorme cachorro, de cor escura que vai do preto ao marrom, olhos vermelhos brilhantes como duas brasas acesas, patas muito grandes que são uma mistura de mãos humanas e patas de cachorro.

 


Outros mitos muito conhecidos no Paraguai são:

El Pombero,

Ka’aguy Pora,

Mbói Tata,

Pira Nu y Pora.
 

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